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Vamos falar sobre o preço dos ingressos II

by Paloma Morais
Foto: Dynelle Coelho

Por: Philipp Augusto
Contribuição: Paloma Morais

Especificamente sobre a diferenciação de preço por gênero

Já toquei no assunto anteriormente e, recentemente o tema ganhou os holofotes nacionais após um estudante de direito de Brasília entrar com uma ação judicial para questionar a cobrança de preços diferentes para homens e mulheres.

Em resumo eu acho isso uma patifaria! Pilantragem, abuso disfarçado de “ação de marketing”.
Mas não vou só jogar a merda no ventilador, vamos um pouco mais afundo na argumentação:

O fato mais recente sobre o assunto é que o Ministério da Justiça determinou que essa cobrança diferenciada é ilegal. Demorou, mas aconteceu!

Quem está dizendo que a cobrança diferenciada é ilegal, é a Secretaria Nacional do Consumidor, órgão ligado ao Ministério da Justiça que, no início do mês de julho/2017 soltou um ofício para restaures, bares e casas noturnas.
Dentre outros, o texto diz que “A diferenciação de preços entre homens e mulheres (…) é uma afronta ao princípio da dignidade da pessoa humana. Uma prática comercial abusiva que utiliza a mulher como estratégia de marketing e a coloca em situação de inferioridade. ”

No primeiro texto que escrevi sobre o tema, fui questionado que a mulher historicamente tem salários inferiores aos homens, mesmo ocupando os mesmos cargos. Tenho ciência disso e discordo completamente desta prática também, mas ainda assim não justifica a cobrança diferenciada em festas/baladas. Se é este o argumento, que tal expandir a prática de cobrança diferenciada para o mercado imobiliário, alimentício, educação superior e afins? Afinal, a mulher não vive só de balada, certo?

Fato é que muitas casas/produtores estão muito interessadas em encher o rolê de isca pra macho, sacou? E você, que curte essa prática, está alimentando toda uma cadeia machista.

“Se um consumidor, por ventura se deparar com este tipo de diferenciação de preço, ele pode exigir pagar o preço mais barato. E se o estabelecimento se recusar, acione os órgãos de defesa do consumidor” diz Arthur Rollo, Secretário Nacional de Direitos do Consumidor.

Devagar a gente constrói um mundo melhor para viver. A luta é diária!

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